Depois de anos vivendo as glórias e dores de galã da Globo, Marco Pigossi, 36, resolveu alterar a rota e foi tentar a sorte nos Estados Unidos, em 2018, como muitos colegas. Conta que precisava disso para se soltar de amarras que o impediam de “viver sua essência”. Foi lá que trouxe à luz o relacionamento com o italiano Marco Calvani, 44. “Me assumir era uma questão de tempo e aconteceu quando me senti pronto”, diz ele, que fez da luta contra a homofobia uma causa, à qual dá visibilidade no recém-lançado filme Maré Alta, produzido em parceria com o agora marido. Nas telas, ele se põe na pele do brasileiro Lourenço, homossexual que encara as dificuldades de ser imigrante ilegal em solo americano — tema, aliás, muito atual. O recente endurecimento das regras a forasteiros pelo governo Donald Trump, porém, não o impacta. “Tenho green card com visto de residente”, esclarece o ator, que não pensa em ir embora tão cedo.
Com reportagem de Giovanna Fraguito e Nara Boechat
Publicado em VEJA de 17 de abril de 2025, edição nº 2940
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