O Juiz negou a revogação da prisão preventiva do prefeito de Palmas, Eduardo Siqueira Campos. Na audiência de custódia, ficou decidido que ele permanecerá detido para maiores esclarecimentos.
O prefeito será levado ao IML para fazer o exame corpo de delito e depois ficará na sede da polícia militar. Um habeas corpus será impetrado buscando a soltura do prefeito.
No meio político, há muita revolta e indignação pela prisão dele. Dezenas de notas de solidariedade foram divulgadas.
O prefeito Eduardo Siqueira Campos (Pode) e mais dois investigados foram presos na manhã desta sexta-feira (27) em Palmas, em nova fase da Operação Sisamnes. As prisões foram determinadas pelo ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF), e fazem parte do inquérito que apura supostos vazamentos de decisões judiciais no âmbito do Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Também foram presos o advogado Antônio Ianowich Filho e o policial civil Marco Augusto Velasco Nascimento Albernaz. Segundo o STF, a medida foi tomada após representação da Polícia Federal e contou com parecer favorável da Procuradoria-Geral da República (PGR).
A Prefeitura de Palmas informou que Eduardo recebeu a decisão com serenidade e irá colaborar prontamente com os trabalhos. Disse, ainda, que a decisão não tem relação com a atual gestão.
Segundo a Polícia Federal, a operação busca aprofundar as investigações sobre a existência de uma organização criminosa responsável pelo vazamento sistemático de informações sigilosas, com impacto direto sobre operações da Polícia Federal.
Em maio, Eduardo foi alvo de buscas durante a 9ª fase da Operação Sisamnes, realizada pela Polícia Federal. Na época, a PF chegou a pedir o afastamento dele do cargo, mas o pedido tinha sido negado. O prefeito é investigado por supostamente ter vazado informações sigilosas para o advogado Thiago Marcos Barbosa.
O STF informou que a decisão também autorizou medidas de busca e apreensão contra os investigados, além do afastamento de função pública, da proibição de contato entre eles e da vedação de saída do país.
Conforme a PF, a apuração revelou indícios de que informações confidenciais estariam sendo antecipadamente acessadas, articuladas e repassadas a investigados, com o envolvimento de agentes públicos, advogados e operadores externos.
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