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A Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) e o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado do Tocantins (Sindjor-TO) divulgaram nesta segunda-feira, 30, uma nota de repúdio contra o que classificam como “ameaças, intimidações e tentativas de censura” dirigidas ao jornalista Rafael Miranda e ao portal Primeira Página. O caso ocorreu após a publicação de uma reportagem que revelava o parentesco entre um dos presos na Operação Sisamnes e um desembargador federal.

Segundo o comunicado, as ameaças partiram da delegada de polícia civil aposentada Millena Coelho Jorge Albernaz, esposa do desembargador Marcelo Velasco Nascimento Albernaz, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1). A reportagem mencionava que o policial civil Marco Augusto Velasco, preso junto com o prefeito de Palmas Eduardo Siqueira Campos, é irmão do magistrado.

Na noite da sexta-feira, 27, logo após a publicação do texto, a delegada aposentada teria ligado diretamente para o jornalista Rafael Miranda, exigindo em tom agressivo a retirada dos nomes dela e do marido da matéria. Conforme relato da FENAJ e do Sindjor-TO, a ligação durou mais de cinco minutos, foi gravada e registrou a delegada em tom “alto, agressivo e intimidador”, segundo o jornalista.

Ainda de acordo com o documento, durante a ligação a delegada citou sua condição de policial civil aposentada e a do esposo como desembargador federal, repetindo por ao menos sete vezes que processaria Rafael Miranda e o veículo de comunicação.

A FENAJ e o Sindjor-TO reforçaram que tentativas de intimidação contra o livre exercício do jornalismo são inaceitáveis em um Estado democrático de direito.

“Reafirmamos nosso compromisso inegociável com a liberdade de imprensa, a proteção do exercício profissional do jornalismo e o direito da sociedade à informação. Qualquer tentativa de censura ou pressão política contra jornalistas deve ser prontamente denunciada e rechaçada”, diz a nota.

Leia a nota na íntegra

NOTA DE REPÚDIO

A Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) e o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado do Tocantins (Sindjor-TO) vêm a público manifestar repúdio às ameaças, intimidações e tentativas de censura dirigidas ao jornalista Rafael Miranda e ao Jornal Primeira Página, por parte da delegada de polícia civil aposentada Millena Coelho Jorge Albernaz.

Na noite da última sexta-feira, 27 de junho de 2025, após a publicação da reportagem intitulada “Policial preso com Eduardo Siqueira Campos é irmão de desembargador federal em Brasília”, a delegada aposentada, esposa do desembargador Marcelo Velasco Nascimento Albernaz, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), realizou uma ligação direta ao jornalista Rafael Miranda, exigindo, de forma agressiva e bastante alterada, a retirada imediata de seu nome e do nome de seu esposo, que também já foi juiz federal no Tocantins, da referida matéria jornalística.

Durante a ligação, que durou mais de cinco minutos e foi gravada pelo jornalista Rafael Miranda, a delegada aposentada utilizou tom de voz alto, agressivo e intimidador, não permitindo argumentos com o profissional da imprensa, mencionando sua condição de policial civil aposentada e a do seu esposo como desembargador federal, além de afirmar, por sete vezes, que processaria o jornalista e o veículo de comunicação.

Palmas, 30 de junho de 2025

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