Depois de dias de angústia e incerteza, a família do jovem tocantinense Rafael Paixão de Oliveira, de 29 anos, recebeu nessa sexta-feira, 27, a confirmação de que ele está vivo. Rafael é voluntário nas forças armadas da Ucrânia e sobreviveu a um bombardeio realizado por tropas russas. A notícia foi inicialmente dada como uma possível morte em combate, o que mobilizou a família e gerou forte comoção nas redes sociais.
Segundo relatos de familiares, um dos combatentes do pelotão acreditou que Rafael havia morrido durante o ataque, o que motivou a comunicação equivocada à família. No entanto, nas últimas horas, foi confirmado que o jovem natural de São Miguel do Tocantins sobreviveu e está em segurança. A família agora concentra esforços para trazê-lo de volta ao Brasil.
Entenda o caso
Rafael está na Europa desde agosto de 2024, quando decidiu se alistar como combatente voluntário na guerra entre Ucrânia e Rússia. A informação sobre sua possível morte circulou na quarta-feira (25), quando a família divulgou um vídeo dramático nas redes sociais. Nele, a mãe de Rafael, visivelmente abalada, faz um apelo emocionado por ajuda das autoridades brasileiras.
“A gente tenta buscar informações e só dizem que não tem nada concretizado. Porém, a gente vem recebendo tortura de lá, de que o Rafael está morto. E eu preciso saber, eu não aguento mais. Eu preciso saber. Se meu filho está vivo, que eles oficializem”, disse.
A falsa notícia teria sido repassada por um ex-militar brasileiro que também atua no front ucraniano. Desde então, os familiares buscaram, sem sucesso, respostas oficiais por meio do governo federal e de representantes dos estados do Tocantins e do Maranhão.
A repercussão do vídeo gerou grande comoção e sensibilização popular, com mensagens de apoio e solidariedade de todo o país. Nesta sexta-feira, após a confirmação de que Rafael está vivo, a família agora busca apoio institucional para repatriá-lo com segurança.
Pedido de apoio oficial
A família reiterou o apelo ao Ministério das Relações Exteriores (Itamaraty) para que interceda formalmente junto às autoridades ucranianas e facilite o retorno de Rafael ao Brasil. Até o momento, o Itamaraty não se pronunciou oficialmente sobre o caso.
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